Apneia do sono
A apneia do sono é uma situação que afecta cerca de 2% das mulheres e 4% dos homens, sendo que este valor duplica ou triplica após os 65 anos. Pode associar-se a desconforto pessoal e familiar e aumenta o risco de problemas vasculares.
Neste problema a respiração pára e recomeça várias vezes durante a noite.
Como pode suspeitar que tem apneia do sono?
- Se ressona alto e acorda cansado após uma boa noite de sono;
- Se tem muito sono de dia (à mesa, a conversar, a ver televisão ou até a conduzir);
- Se outra pessoa confirma que pára de respirar durante a noite;
- Se desperta bruscamente e com sensação de falta de ar;
- Se acorda com a boca seca ou dor de garganta;
- Se tem dor de cabeça de manhã;
- Se tem dificuldade em concentrar-se;
- Se lhe custa adormecer.
Se tiver algum ou alguns destes sintomas fale com o seu médico de familia, porque não chegam para fazer o diagnóstico deste problema.
Porque acontece?
O tipo mais frequente é a apneia obstrutiva, porque os músculos da parte de trás da garganta relaxam e as estruturas descaem, causando obstrução. Dado que o espaço não permite a entrada de ar suficiente para os pulmões na inspiração, podendo mesmo obstruir completamente, chega menos oxigénio ao sangue. Esta redução do oxigénio alerta o cérebro e provoca o acordar, que por vezes pode passar despercebido.
Como o sono está sempre a ser interrompido não é reparador e dai há mais sono de dia.
Há uma forma diferente e muito menos frequente de apneia do sono, que se deve ao facto do cérebro não comandar devidamente os músculos respiratórios (apneia central do sono)
Como se diagnostica?
Para além dos sintomas referidos é preciso fazer exames que permitem estudar a respiração, que podem ser feitos no hospital ou em casa.
Pode ser adequada a avaliação por outros especialistas como otorrinolaringologista, cardiologista ou neurologista (se suspeita de apneia central).
Num primeiro passo é fundamental fazer alterações no estilos de vida, com deixar de fumar e perder peso. Se o problema não se resolver assim ou tiver algumas gravidade, pode ser preciso usar um dispositivo que ajude a desbloquear as vias respiratórias.Tratamento
Num primeiro passo é fundamental fazer alterações no estilos de vida, com deixar de fumar e perder peso. Se o problema não se resolver assim ou tiver algumas gravidade, pode ser preciso usar um dispositivo que ajude a desbloquear as vias respiratórias.O tratamento com estes dispositivos é sempre começado numa consulta hospitalar, e quando a situação está estabilizada e o utente bem adaptado é enviados ao seu médico de familia, que passa a acompanhá-lo.
Deve usar o seu ventilador diariamente e o máximo tempo possível. Caso não esteja a adaptar-se ao aparelho ou tiver dúvidas, deve contactar a empresa fornecedora do serviço ou o seu médico de familia.
Anualmente a empresa que fornece o dispositivo faz um relatório do uso do aparelho referente aos últimos 3 meses, e o médico avalia se é necessário pedir de novo avaliação na consulta hospitalar.
Por isso, se usa ventilador, e ainda não o fez este ano, peça este relatório e vá a uma consulta do seu médico de familia para o entregar. Será depois orientado consoante a necessidade.
As consultas médicas relacionadas com a prescrição de ventiloterapia ao domicilio, estão isentas de pagamento de taxas moderadoras.
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